Retiro Vivencial: Trabalho Mente vs. Corpo
Cada vez mais me identifico com práticas vivenciais e de trabalho com o corpo, ao invés de racionalizar e de trazer à mente o nosso próprio processo.
Eu fiz psicanálise durante cerca de 5 anos e foi extremamente importante para mim trazer à consciência o meu processo de uma forma mais analítica, numa fase inicial do meu despertar. Mas agora noto que o trabalho com o corpo começa a ser a forma mais fácil para mim de interagir e de me entregar ao trabalho de desenvolvimento pessoal.
No mundo da mente temos muitas resistências vivas, muitas vozes e julgamentos a acontecerem, sobre nós, sobre os outros, sobre o que deveríamos ser ou fazer, sobre o que deveria ser o mundo. Muitas teorias e pouca compreensão e entrega sobre o que verdadeiramente somos e estamos aqui a fazer.
Para além disso, o trabalho vivencial permite, em contexto de grupo, que cada um de nós trabalhe no ponto de desenvolvimento em que se encontra e não precisa que estejamos todos no mesmo nível de prática ou de conhecimento. Cada um faz a sua própria viagem e chega aonde tem que chegar, em função do ponto em que se encontra em cada momento da sua vida.
Racional vs. Coração
Vivemos num mundo onde o que é racional e lógico se tornou na resposta certa e, muitas vezes, na única resposta que existe e isso origina tantos conflitos dentro de nós! Porque nós não somos só isso e no meio de toda a frustração e sofrimento no mundo podemos constatar o poder que o nosso coração tem de se exprimir, mesmo quando não é ouvido. É como uma criança que começa por chorar baixinho. Primeiro com um desconforto que começa pequeno, mas que se insistirmos em não ouvir pode-se tornar numa gritaria e mesmo em pânico. E que, mais tarde, nos pode levar mesmo a decidir terminar com a nossa própria vida.
Como dizia o José Pinto do Raíz do Homem, “nós somos uma floresta , não somos uma monocultura” e não há como não expressar todas as partes de nós.
Quando vamos perceber que o nosso coração, as nossas emoções fazem uma parte de nós tão ou mais importante que a nossa mente? Quando vamos aprender a dar-lhe valor?
Quando vamos poder olhar para nós como seres completos, com diversas partes, que juntas, têm tudo, absolutamente tudo o que precisamos para sermos felizes?
E é aí, nesse preciso momento, que vamos poder olhar o outro também como fazendo parte de nós, terminando a competição e a guerra.
Quando conseguirmos olhar com amor todas as partes de nós, as que mais e menos gostamos em nós, estaremos prontos para olhar o mundo com esse mesmo Amor, esse Respeita e essa Compaixão.
A maior viagem é sempre para dentro. É ela que vai transformar o mundo à nossa volta.
Agradecimentos
Grata pela foto tirada pelo Luís Ferreira, e pela inspiração que o retiro Raiz do Homem me deu para escrever este artigo 🙏Outros artigos que te podem interessar
Partilho contigo um dos artigos mais autênticos e vulneráveis que escrevi no meu blogue, sobre o retiro transformador em que participei, no âmbito da formação de Facilitadores do Despertar:
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Beijinhos e abraços!
Encontramo-nos na próxima história de desenvolvimento pessoal 😉
Raquel
Digital Nomad, Blogger, Traveller, House & Pet Sitter
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