novembro 03, 2022
A Morte e o seu potencial de Transformação e de Cura
Tenho desenvolvido um certo fascínio pelo tema da morte, as suas metáforas no desapego e o seu potencial de transformação e de cura.Parece existir algum desconforto ou mesmo medo de falar na morte e eu estava aqui a comentar com a minha amiga Catherine o quão bonita pode ser a morte, como um ritual de passagem.
À semelhança da própria natureza, tudo na vida é cíclico e a morte, para mim é, em si mesma, uma passagem para um novo ciclo.
Ficamos tristes por perder as pessoas, as relações ou situações na nossa vida, porque estamos apegados emocionalmente a elas, mas a morte é o símbolo mais bonito de Libertação e de Amor que alguma vez podemos experienciar, que nos mostra o poder da vida e da transformação. E por isso é um momento de celebração. Uma celebração com dor, inevitavelmente, para quem fica e para quem sente que perde.
Talvez tenhamos que aprender a celebrar com dor, porque é ela que muitas vezes traz o poder de nos transformar!
Tal como quando nascemos damos um grito para abrirmos os nossos pulmões e começarmos a respirar cá fora, quando morremos, o nosso coração deixa de bater e, silenciosamente, deixamos de respirar. É tão doloroso e lindo o nascimento, quanto a morte. Ambos são momentos de passagem que nos mostram o quanto o nosso caminho aqui é precioso e efémero. A morte lembra-nos o privilégio que é estar vivo, que passa num instante. E é aqui, e agora, que podemos fazer a diferença.
Aproveita o privilégio de estares vivo(a), de dizeres que amas a quem amas, de fazeres aquela coisa que está aí na tua cabeça há tanto tempo, mas não tiveste ainda a coragem ou o "tempo" para a fazeres. Afinal, o que tens a perder??? A vida passa num ápice...
Aproveita esta passagem para realmente te transformares a ti e ao mundo à tua volta 💗
setembro 12, 2022
A arte de ser feliz: Ser para Ter
Ao ter contacto com tantas realidades diferentes, cresci a ouvir que o dinheiro não traz a felicidade.Olho à minha volta e percebo que os desafios são todos à escala de cada realidade. Não há mais fácil nem mais difícil. Na arte da felicidade não há privilegiados, isso eu aprendi.
A sensação de paz e de harmonia ao olharmos para um lindo cenário como este, não vem do lugar físico de onde o vemos, do banco, da cadeira, da grande e confortável espreguiçadeira ou do sofá velho onde nos sentamos. Vem antes do lugar interior de onde assistimos, a nossa casa interior.
Nesta nossa casa não existem itens comprados. Todos são construídos por nós. Cada um senta-se na cadeira que construiu para si e olha o horizonte com os óculos que fez para si, mesmo que de forma inconsciente. E em todos eles vemos a nossa imagem ali espelhada... O que vemos nos outros e à nossa volta é apenas um reflexo do nosso próprio mundo interno.
Todos, mas mesmo todos, somos aprendizes na arte de viver! Durante toda a vida...
Que possamos ressignificar a nossa visão da vida sempre que precisarmos e que possamos abraçar um novo paradigma: Ser para Ter.
Primeiro somos o que queremos ser, depois eventualmente teremos o que desejamos ter 🙏
agosto 09, 2022
Retiro do Sagrado Feminino e Masculino
Depois de vivermos uma experiência de crescimento destas, sentimos a responsabilidade de a levarmos para as nossas vidas, para as pessoas que se cruzam por nós, e exatamente por essa razão é que eu escrevo. Para poder integrar, antes de tudo, em mim mesma as experiências, e para poder partilhar contigo o privilégio que tive, e que possamos todos, assim, viver neste mundo de forma mais consciente e, sobretudo, com mais Amor.
A viagem
Este retiro aconteceu num espaço muito especial, próximo de Portimão (Algarve), e foi, para mim, uma espécie de morte e renascimento para a forma como me relaciono comigo e com o outro. Associamos muito o masculino e feminino aos homens e mulheres mas aqui, falamos mais do que isso: entre a parte mais masculina, irradiadora e sustentadora, e a parte mais feminina, receptora e geradora, que cada um de nós, seja homem ou mulher, tem dentro de si mesmo.
Esta viagem vivencial passou por várias fases, desde a desconstrução do patriarcado, ao perdão e à reconexão com as nossas energias masculinas e femininas. Um trabalho feito através de várias atividades, desde a consciência corporal, meditação, ecstactic dance, respiração holotrópica, biodança, danças circulares e da paz.. Houve ainda um ritual muito bonito à volta do fogo e também um círculo só de homens e outro só de mulheres, que terminou com uma linda cerimónia do cacau.
O que me trouxe este grupo
Desconstrução do Patriarcado
E quanto aos homens? Como terá sido o percurso deles? Uma vidinha fácil, enquanto seres dominantes, certo?
O poder dos rituais
Ritualizar os começos, mas também os fins de ciclo
Então e "Como é que se vive depois desta experiência?"
O meu projeto: Círculos do Despertar
Agradecimentos
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Cada vez mais me identifico com práticas vivenciais e de trabalho com o corpo, ao invés de racionalizar e de trazer à mente o nosso próprio processo. E foi precisamente nessas atividades que consegui encontrar o meu fio condutor e entregar-me a esta experiência de retiro.
agosto 05, 2022
Felizes são os que se permitem perder-se
A sensação de se estar perdido pode ser muito desconfortável e pode perdurar meses ou anos. É frequente ouvirmos críticas e sugestões do que deveríamos fazer, mas o que mais nos custa são mesmo as críticas que fazemos a nós próprios. De acharmos que já deveríamos saber o que queremos para nós e para onde irmos, em cada etapa da nossa vida.
Desanimamos porque nos esquecemos que estarmos perdidos é um convite para irmos à procura de novas respostas e de nos reinventarmos. De construirmos uma nova versão de nós ainda mais alinhada com a nossa essência. E essa é a maior beleza da vida! É usarmos esse momento de ruptura com aquilo que conhecemos e essa liberdade que isso nos traz, para nos tornarmos no que nós nos quisermos tornar!
Posso dizer que quem nunca se sentiu perdido, nunca se encontrou verdadeiramente. Porque é o do caos que vem a ordem, assim como é na sombra que se vê a luz. Não há outra forma de chegar lá.
Felizes são os que se permitem perder-se 🧡
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agosto 01, 2022
Como passar à prática o que já sei na consciência?
Mas por que é tão difícil fazer diferente, mesmo depois de termos a consciência?
Então, alguém perguntava no Retiro do Sagrado Feminino e Masculino, como fazemos para passarmos à prática aquilo que na consciência já sabemos?
Ah! Ah! Esta é a one million dollar question!
Esta é que é a grande viagem... É cada um descobrir dentro de si o que o faz estar presente e ligar-se ao seu coração. E praticar, praticar, praticar.
O desenvolvimento pessoal talvez seja a única medicina que não usa prescrições...
Demora, porque é uma prática em que cada um de nós aprende a ser o seu próprio curandeiro. As respostas estão todas cá dentro, só precisamos de veículos que nos ajudem a facilitar o acesso.