DIA 3 - Todos nós pertencemos a um sítio…
Hoje o meu dia começou às 7h00. Deixaram-me a descansar mais
um bocadinho ;)
Tomei o pequeno-almoço com as meninas da casa e depois fui ver
a oficina de costura. Arranjei lá dois panos africanos lindíssimos e vão-me
fazer umas calças, uma saia, e uma caplana que se utiliza para amarrar os bebés à
cinta, como fazem as negras. Quando tiver um filhote, ou for “tia” de algum, irei
usa-la :)
Depois estive no infantário a ajudar a mandar uns desenhos
para a Caritas, É impressionante a educação
destas crianças do infantário. Se eu entro elas levantam-se do lugar e dizem em
coro “Bom dia Sra. Visitante”. Algumas tocam-me e fogem por eu ser branca e
riem-se. Outras simplesmente dão a mão para me cumprimentarem. Os bebés são simplesmente
lindos…
Ainda de manhã fui visitar a sala de enfermagem, onde as
Irmãs fazem pequenos curativos e dão medicamentos gratuitamente à comunidade.
Logo à entrada da enfermaria existe um lava-pés e a Irmã obriga-os a lavarem os
pés sempre que lá entram.
Depois fomos ao Centro de Saúde de cá, que tem
cooperação com um projecto de Taiwan. Vi o internato e
estivemos com mulheres e homens ue estavam lá internados, naquelas camas com uns
colchões velhos, e sem lençóis…
A
seguir ao almoço voltei à Cidade de S. Tomé, com a Irmã, para ir tratar de alguns assuntos e
depois fomos ao Condomínio fechado dos Portugueses que trabalham em S. Tomé pelo
IPAD – pela Cooperação Portuguesa. A Irmã foi lá tirar medidas para fazer uns móveis para lá.
E pronto, viemos para casa já de noite. As
crianças vêm da escola pelas 18h00, já de noite cerrada, sem luz nenhuma na
estrada e os carros passam a alta velocidade. Elas correm nas bermas umas
atrás das outras e os carros buzinam sempre que passam e as crianças dizem adeus. Ás vezes acho que vamos matar alguém pelo
caminho, mas até agora parece que a coisa corre bem ;)
Enfim, tudo isto parece diferente, mas ao mesmo tempo muito semelhante a qualquer coisa. Não sei explicar… Parece ser muito fácil entender as regras e
é muito bom estar aqui. É como se me sentisse em casa. Não tenho propriamente medo
das coisas. Muitas vezes parecem-me até familiares. Acho que África é mesmo assim.
Deixa-nos mt mais próximos da nossa própria essência…
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